A ameaça a idosos e pessoas com deficiência revela monstruosidade de Bolsonaro

Opinião do blog, Todos os posts

Não causa surpresa a notícia de que Bolsonaro está usando pessoas com deficiência e idosos em situação de miséria para pressionar o Congresso a liberar ao governo verba complementar. Mas a notícia causa náuseas e asco.

O presidente afirmou em suas redes sociais (pra variar) neste sábado (8) que terá de suspender, a partir do dia 25 de junho, o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiência caso o Congresso não aprove o projeto que libera crédito extra de R$ 248,9 bilhões ao governo.

Bolsonaro acrescentou que, se a proposta não for aprovada pelos parlamentares, outros programas podem ficar sem recursos nos próximos meses. Ele citou o Bolsa Família, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Plano Safra.

Em uma breve entrevista a jornalistas neste sábado, o presidente comentou o assunto. Em frente ao Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre a proposta, Bolsonaro disse: “Tem que aprovar [o crédito extra]. Não por mim, pelos que necessitam”.

É espantosa a má fé e a monstruosidade desse ser desumano. O que o Brasil está assistindo é uma avalanche de denúncias de corrupção envolvendo o círculo mais íntimo de Bolsonaro, enquanto ele compra apoio do congresso com gordas verdas para emendas parlamentares (a velha política), extermina estatais (patrimônio público que garante nossa soberania), retrocede em regras civilizatórias básicas (como regras de trânsito e uso de armas) e apresenta uma agenda de reformas que vai jogar milhões na extrema pobreza, criando mais desemprego e, no futuro, uma massa de “inaposentáveis”.

Bolsonaro é a antítese de um líder. Exatamente o oposto do que um mandatário deveria representar e de como deveria agir. Ele nos envergonha, nos ameaça e, pelo andar da carruagem, quer nos matar. Espero que as pessoas mais pobres que foram enganadas por esse psicopata acordem em tempo de reagir. O fim disso, do contrário, já se desenha trágico.

Com informações do G1.