Em Israel, Moro seria punido por conluio com promotores

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Foto: Jacqueline Lísboa / Mamana Foto Coletivo

O colunista Elio Gaspari relata como juíza que agiu como Sergio Moro foi suspensa e seus processos anulados por fazer exatamente o que fez o, hoje, ministro da Justiça. “Isso em Israel, que vive em estado de guerra”, diz.

O mais surpreendente é que essa confusão acontece enquanto está no cargo o deputado Onyx Lorenzoni. A despeito da sua figura pitoresca, Lorenzoni entregou a Bolsonaro a sua maior vitória política, que foi a eleição da Davi Alcolumbre para a presidência do Senado, derrotando o cacique Renan Calheiros.

Conseguiu isso numa proeza de articulação política. Lorenzoni é um parlamentar experiente, capaz de engolir sapos três vezes por dia. Bolsonaro pode dar essa dieta ao seu chefe da Casa Civil mas, com ele ou com outro, não pode esperar que a repartição funcione.

Registro
No ano passado uma juíza israelense trocou mensagens impróprias com um advogado que tratava dos malfeitos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A juíza reconheceu a autenticidade das mensagens. Elas foram poucas e, num caso, mais escrachada que os diálogos de Sergio Moro com Deltan Dallagnol.

A juíza foi suspensa e afastada do caso, bem como de quaisquer processos criminais, por dois anos.

Diante do escândalo, a presidente da Suprema Corte proibiu as comunicações de juízes com promotores fora dos tribunais e dos registros públicos.

Isso em Israel, um país que vive em estado de guerra.

Da FSP.