Esperando que Bolsonaro vete mala grátis, companhias não se comprometem a baixar valor do despacho

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À espera de que Bolsonaro vete o trecho da medida provisória que obriga as aéreas a despachar malas de graça, surgem no governo questionamentos sobre o conforto das empresas diante da redução da concorrência, acentuada pela crise da Avianca.

A impressão é que há pouca iniciativa no setor em demonstrar esforço para baixar preços. Na argumentação para convencer o presidente não veio compromisso das companhias em parar de subir o valor da mala despachada.

Conforme relembra a procuradora Carolina Rosado, do Ministério Público Federal do Tocantins, as maiores empresas do setor começaram cobrando R$ 30 pela bagagem despachada em 2017, depois subiram para cerca de R$ 50 em 2018 até chegar aos atuais R$ 60.

Dentro do governo, lembram com desaprovação do momento em que a Abear (associação do setor) resolveu começar a barrar passageiros que tentavam embarcar com bagagem fora do padrão, irritando os consumidores.

O arrocho na fiscalização ocorreu em meados de abril, no momento mais inadequado possível, quando a medida provisória esquentava no Congresso, e deu fôlego para iniciativas de alteração no texto.

Companhias argumentam que os valores das passagens não dependem apenas da bagagem e que os preços subiram para acompanhar os custos, que são dolarizados em sua maior parte.

Da FSP