Hipocrisia: ‘Veja’ ataca monstro que ajudou a criar

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De salvador a entulho. A prática do ‘jornalismo’ de Veja é esta: levantar e derrubar marionetes, a depender de seus interesses no momento. Foi assim com Collor, por exemplo.

A defesa de Lula vem, desde o início do processo, denunciando a falta de provas e o uso da lei para perseguição política. Qualquer jornalista mediano, ao estudar os autos do processo e centenas de artigos de juristas renomados do Brasil e do mundo, chegaria à conclusão de que processo contra o ex-presidente sempre foi viciado.

Veja contribuiu para o atual estado das coisas no país. Vivemos em caos institucional e o povo mais pobre já sente nos últimos anos o preço de destruir a democracia.

Desde o início da Lava Jato, a revista viu uma possibilidade de derrubar o PT a qualquer preço. Não há incautosnas redações. Há gente que faz escolhas.

Veja participou do conluio com essa parte podre do Judiciário, que de maneira constante vazava informações contra figuras públicas aos meios de comunicação tradicionais.

O jornalismo é uma profissão essencial para a democracia e, quando ele se omite ou, pior, atua contra as instituições democráticas, o resultado é miséria e violência. É a vida das pessoas perdidas na escuridão.

O papel do jornalismo é jogar luz nas questões que os poderosos querem ocultar. É ter compromisso de informar e, quando necessário, investigar todas as instâncias de poder, todas as instituições (sejam elas públicas ou privadas) e também abordar questões essenciais para a vida das pessoas, em todas as áreas do conhecimento humano.

Compreendo, por tudo isso, o jornalismo como um direito dos cidadãos e não um serviço que está à disposição para manipular as pessoas e servir a interesses escusos, seja de quem for.

Feitas essas reflexões, só me resta deixar aqui o meu repúdio às práticas nada jornalísticas de Veja ao longo dos últimos anos. O periódico deixou de ser há muito tempo uma fonte de informação para se tornar uma metralhadora descontrolada e raivosa contra seus desafetos.