No Vaticano, vice de Dodge critica eleição de Bolsonaro e diz que prisão de Lula causa ‘grande dor’

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O número dois de Raquel Dodge na PGR, o vice-procurador-geral Luciano Mariz Maia, afirmou no Vaticano que o caso Lula causa “grande dor” no país, e que a eleição de Jair Bolsonaro traz “medo de retrocesso político de regimes militares”.

“É que no próprio processo de investigação, houve um uso político da investigação, que resultou na antecipação do fim do mandato da presidente Dilma. E o Brasil está dividido ainda em razão disso, o que permitiu que um candidato, valendo-se da luta contra a corrupção, terminasse ganhando as eleições e trazendo de volta o medo de um retrocesso político para ainda à época de regimes militares. E isso assusta não só o Brasil, mas toda a nossa região”, afirmou o vice de Dodge na segunda-feira.

Mariz foi ao Vaticano para participar de um encontro pan-americano de juristas sobre direitos sociais.

Ele também falou da prisão de Lula.

“O caso Lula pode vir a ser apreciado em grau de apelação, não falarei sobre ele. Mas eu posso mencionar que há uma grande dor no Brasil com essa matéria, porque o governo de Lula, e em seguida o de Dilma, foi o que teve mais sensibilidade social com as políticas públicas para resgatar da pobreza, para programas de alimentação, para programas de habitação”.

Mariz também afirmou que a luta anticorrupção teve “uso político” e resultou no impeachment de Dilma Rousseff.

“A luta contra a corrupção de que resultou a identificação de empresários ricos, que tiraram dinheiro não só da Petrobras, mas de países vizinhos nossos, Peru, Argentina e tantos outros, teve uma dificuldade imensa. É que no próprio processo de investigação, houve um uso político da investigação, que resultou na antecipação do fim do mandato da presidente Dilma”.

Da Época