Bolsonaro diz não entender “pressão” em cima de seu filho

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Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quinta-feira (18) às críticas contra a indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o posto de embaixador nos Estados Unidos.

Na saída do Palácio do Alvorada, onde parou para cumprimentar simpatizantes, ele questionou por que há tanta polêmica sobre o assunto, já que, segundo ele, indicações políticas são feitas também em outros países para postos diplomáticos.

“Por que essa pressão em cima de um filho meu? Ele é competente ou não é competente? Dentro do quadro das indicações políticas, vários países fazem isso. E é legal fazer no Brasil também”, disse.

O presidente citou como exemplo a indicação do ex-deputado federal Tilden Santiago (PT-MG) para o posto de embaixador em Cuba pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O Tilden Santiago não foi reeleito em 2002, foi ser embaixador em Cuba, ninguém falou nada.”

Bolsonaro ressaltou que não há impedimento na indicação e que ela atenderia interesse público, uma vez que Eduardo teria boa relação com o governo do presidente Donald Trump.

“Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende o interesse público. Qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio”, disse.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, afirmou na terça-feira (16) que o Palácio do Itamaraty já tem pronta uma minuta do documento pelo qual o governo dos Estados Unidos será consultado sobre a indicação.

Em outra frente, o Palácio do Planalto também negocia a aprovação do nome de Eduardo pelo Legislativo. Bolsonaro já tratou do assunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Pelas contas feitas pelo governo, hoje Eduardo teria um placar apertado na Comissão de Relações Exteriores: apoio de 8 dos 17 integrantes do colegiado.

Por isso, o Palácio do Planalto já admite a possibilidade de que o tema seja levado ao plenário, no qual o governo teria vantagem.

Da FSP