Le Monde chama Moro de “herói caído”

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Foto: reprodução

Sergio Moro segue acumulando cobertura negativa no exterior. Le Monde descreveu Moro como “herói caído da anticorrupção” depois das mensagens reveladas pelo jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept.

O britânico The Independent, citando a ascensão de Jair Bolsonaro como “legado” da Lava Jato, publicou:

“E foi Moro, uma figura partidária de direita com ilusões messiânicas, disposta a acabar com o Estado de Direito em busca de seus objetivos, que desempenhou o papel principal de colocá-lo lá”.

O site americano HuffPost, destacando que Moro agora “encara seu próprio escândalo”, fechou extensa reportagem com a avaliação de que “poderia ser um roteiro de Hollywood sobre os perigos do excesso de ambição e de vaidade”.

Ao longo da terça-feira, com o ministro evitando confirmar ou negar que a Polícia Federal —que ele controla— está investigando Greenwald, as reações em mídia social foram de choque.

Por exemplo, do correspondente do britânico The Guardian na América Latina: “Assustador”.

No fim do dia, a organização Freedom of the Press Foundation soltou nota, dizendo que o cerco do ministro “não é apenas um ataque ultrajante à liberdade de imprensa, mas um grosseiro abuso de poder”.

E, em nota conjunta, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos se pronunciaram contra as “ameaças, desqualificações e intimidações” ao jornalista.

SOS AMAZÔNIA

No rastro da reportagem de capa do Washington Post de domingo, a CNN destacou que “a destruição da Amazônia se acelera para um campo e meio de futebol a cada minuto”.

E o Guardian levou à submanchete digital uma reportagem envolvendo cinco jornalistas, em São Félix do Xingu, São Paulo e Londres, que levantou “como o enorme setor de carne bovina continua a ameaçar a saúde da maior floresta tropical do mundo”.

Concentra-se na AgroSB, “poderoso império agrícola do grupo Opportunity, cofundado por Daniel Dantas”.

ACABOU A PACIÊNCIA

Na agência Reuters, em reportagem levantada por seis jornalistas no país, “Venezuelanos perdem a paciência com Juan Guaidó”, o autoproclamado presidente.

No WP, duas semanas antes, “Trump perde a paciência e o interesse pela Venezuela”. O presidente americano, segundo o jornal, “repreendeu” em reunião o assessor que o fez acreditar em Guaidó, John Bolton.

A HUMILHAÇÃO DE JOHN BOLTON

Em coluna mantida no alto da home page do New York Times, ao longo da terça, “A bem-vinda humilhação de John Bolton”.

Era referência não à Venezuela, mas à maneira como Trump desconsiderou seu assessor de Segurança Nacional na aproximação com a Coreia do Norte, no fim de semana.

Da FSP