Evandro Leal/Folhapress

Lógica da Lava Jato era fazer terrorismo com o público, denuncia Azevedo

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Na denúncia feita hoje por Reinaldo Azevedo, em mais um capítulo da Lava Jato, o jornalista denuncia o que chamoui de “Estética do Terror”.

Diante de uma economia em decadência, em grande parte provocada pela própria Lava Jato, que fez falir centenas de empresas nacionais, a estratégia da operação era deixar o público em pânico, fazendo-o acreditar que tudo era “culpa da corrupção” e que, contra ela, “tudo seria permitido”.

Com o público, com o pagador de impostos, com os que ficaram desempregados, com os que viram as empreiteiras a demitir mais de 300 mil pessoas até o ano passado, com os justamente indignados com a corrupção — e qualquer pessoa moral e decente defende que seja combatida —, a linguagem é bem outra.

Aí trata-se da terapia de choque, da estética do terror, da lógica do medo, da paralisia pelo susto.

E, como se nota, o público alvo é a classe média.

Foi assim que a Lava Jato seduziu e mantém apartadas da razão milhões de pessoas. A lógica implícita é esta: “Se a corrupção existe, então tudo é permitido para combatê-la”.

As agressões à ordem legal estão sendo reveladas de maneira miserável e irrespondível.

Enquanto os senhores procuradores viam engordar sua conta bancária — Dallagnol diz a sua mulher que o ano de 2018 deve fechar com R$ 400 mil líquidos oriundos das atividades paralelas —, os brasileiros eram convidados a experimentar o clima de terror, medo e desesperança.

Para os protagonistas da Lava Jato, o futuro sorria, certos de que nada poderia lhes pôr um freio, uma vez que imprensa, Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público pareciam rendidos e no papo. E estavam mesmo!

De Uol