Mãe de Glauber Braga é falsamente acusada de comprar votos

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Foto: Câmara dos Deputados

A ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ) Saudade Braga, mãe do deputado federal Glauber Braga (PSOL), é alvo de boatos falsos desde que o parlamentar criticou o juiz Sérgio Moro em audiência na Câmara dos Deputados, na semana passada. O psolista também foi atacado por textos enganosos.

Sem provas, as desinformações afirmam que Saudade foi cassada por desvio de dinheiro de merenda e é acusada de comprar votos em favor do filho. Os boatos também omitem informações sobre a participação de Glauber Braga no governo municipal.

O primeiro erro da desinformação é afirmar que Saudade Braga foi cassada. A ex-prefeita cumpriu integralmente dois mandatos inteiros à frente da Prefeitura de Nova Friburgo, sendo eleita pela primeira vez ao cargo em 2000 e reeleita em 2004.

Consulta pública nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) não localizou processos de perda de mandato contra Saudade Braga por suposto desvio de verba de merenda ou acusações de compra de votos a favor de Glauber Braga. A informação também foi confirmada pela Corte em nota encaminhada ao Estadão Verifica.

Cargo. O último ponto da desinformação omite detalhes sobre a atuação de Glauber Braga na gestão de Nova Friburgo. O boato afirma que o primeiro emprego do filho de Saudade foi como secretário do governo municipal. Procurado, o deputado explicou que, entre 2001 a 2008, exerceu três cargos na gestão: assessor da Subprefeitura de Olaria e Cônego, chefe de gabinete e então secretário-geral de governo.

“Eu tive uma participação intensa na administração, que é inegável, mas não exerci essas tarefas de maneira ininterrupta, pois parei para ficar estudando um período, fazendo cursos na área de administração”, afirmou Braga. “O período foi de 2001 a 2008, mas não durante os oito anos, e sim em períodos diferentes”

Na semana passada, Glauber Braga foi alvo de boatos enganosos e falsamente identificado em vídeo de propina após o embate que protagonizou com o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública). Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, o parlamentar chamou Moro de “juiz ladrão” ao comentar sobre a divulgação de mensagens atribuídas ao ex-magistrado pelo site The Intercept Brasil.

Do Estadão