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‘Moro precisa ser afastado imediatamente’, diz desembargadora

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Após notícia de que membros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam desconfortáveis com as recentes declarações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que estaria ligando para “vítimas” do suposto hacker de Araraquara e prometendo que o material coletado pela Polícia Federal (PF) seria destruído, outros importantes membros da magistratura nacional começam aos poucos manifestar sua opinião.

É o caso da desembargadora aposentada Kenarik Boujikian, do Tribunal de Justiça de São Paulo e fundadora do Juízes Pela Democracia. Em síntese, para a magistrada que esteve em recente encontro de juristas com o Papa Francisco, Moro é “um destruidor da democracia”.

Kenarik, quando juíza, foi a responsável pelo sentenciamento do ex-médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução humana, em 278 anos de prisão por 56 condutas de abuso sexual de pacientes mulheres. “Fiz o cálculo da sentença mais de uma vez, porque me surpreendi”, disse a magistrada na ocasião a este jornalista que a entrevistava para o Extra Classe.

Em sua rede social, Kenarik afirmou que Moro precisa ser afastado imediatamente do Ministério da Justiça. “Este rapaz não sabe nada sobre os papéis , os poderes, sistema democrático. Nada. Nunca soube”, disse. Para a desembargadora, o agora ministro Moro quer também fazer o papel de juiz.

“Onde já se viu ligar para pessoas e dizer que tudo que foi apreendido será destruído? Mas ele não é juiz do processo. Valha-me!!”, desabafou. Kenarik ainda foi mais longe: “E quando juiz ele também não sabia de seu papel. Agia como policial e promotor.

STF

Em condição de anonimato, um ministro do STF criticou ontem os telefonemas de Moro para pessoas listadas como alvo dos hackers e a afirmação de que destruirá as mensagens. Para esse ministro do STF, Moro desmoraliza a PF e o judiciário pois não deveria ter informações de uma investigação que, até agora, está mantida sob sigilo. Outro membro do STF, o ministro Marco Aurélio, foi aberto e declarou: “Só o Judiciário pode decidir se haverá destruição das mensagens obtidas”.

De ExtraClasse