“Não sabia que Moro era tão covarde”, diz Glauber Braga

Todos os posts, Últimas notícias

Para quem não acredita e nunca acreditou em Sergio Moro, o ex-juiz da Lava Jato, as palavras do Deputado Federal Glauber Rocha (‘ladrão’), ontem na Câmara, foram representativas. Além de prazerosas. Famoso nas redes sociais na noite de terça-feira, leu-se muito ‘Este nos representa’.

Leia entrevista dada à revista Veja, nesta quarta-feira.

Já se passavam mais de sete horas da sabatina na Câmara dos Deputados em que o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) dava a sua versão sobre os diálogos com o procurador Deltan Dallagnol — e que colocam em xeque sua imparcialidade na Operação Lava Jato — quando ele resolveu se levantar e deixar a sessão sob os gritos de “fujão”.

A saída do ministro se deu após a fala do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) que, a partir de uma analogia com o jogo de futebol, chamou Moro de “juiz ladrão”. Apesar da reação da bancada governista, que rebateu aos gritos e levou ao encerramento da sessão, o parlamentar fluminense afirma que “a história” vai provar o que disse.

Leia a entrevista:

O senhor não acha que exagerou ao chamar o ministro Sergio Moro de juiz ladrão? Não retiro uma palavra do que eu disse. Eu fiz uma analogia com o jogo de futebol, em que você tem um juiz que se corrompe, passa integrar um dos times e recebe uma recompensa por causa disso. O nome disso é corrupção e, na linguagem popular, se chama de juiz ladrão.

Então houve incompreensão em relação ao contexto? Eu não estou preocupado com a forma como a bancada do PSL compreende o que eu digo. Estou me lixando para eles. Eu estou preocupado com a maioria do povo brasileiro, que entende o que tem que ser dito e que a gente não pode deixar de dizer.

A reação do ministro o surpreendeu? Me surpreendeu o grau de covardia. O ministro não aguentou o primeiro embate quando confrontando com a verdade e saiu. Não sabia que ele era tão covarde como se apresentou ontem.

O senhor também já chamou o deputado Eduardo Cunha de “gângster”. Ele tentou me processar, mas os fatos e a história demonstraram o que é a realidade e é uma coisa que eu tenho a certeza que vai acontecer com o Moro.

Não teme responder também por este episódio? Não temo responder a nenhum tipo de processo e não vejo nenhuma motivação para os deputados bolsonaristas fazerem este pedido no Conselho de Ética. Mas, se acontecer e for admitido, será mais uma oportunidade de demonstrar a verdade e produzir provas para demonstrar que Moro é um juiz ladrão.

De Veja