Vídeo do Papa pôs Moro em Pânico

Destaque, Reportagem, Todos os posts

Não é fácil ser Sergio Moro atualmente. Corre a notícia de que ele tremeu dentro das calças pensando que o vídeo do Papa Francisco sobre juízes era pra ele. Mas será que não é? Se você acreditou nos que estão dizendo que não é, melhor ver esta matéria.

Chega a ser cômico. Até a grande mídia achou que o Papa Francisco tinha gravado para Sergio Moro um vídeo pregando que juízes sejam imparciais. A hipótese saiu em todos os grandes órgãos de imprensa e virou o assunto mais comentado no Twitter.

O Blog da Cidadania tem informações de que houve muito nervosismo “no Ministério da Justiça”, se é que você entende, leitor/espectador.

Mas, de fato, é preciso reconhecer, em nome do bom jornalismo, que o vídeo do Papa faz parte de um cronograma mensal de “intenções de oração”. Segundo o site católico Acidigital, são 12 intenções de oração. Uma para cada mês do ano.

O tema de julho foi definido em janeiro deste ano e era dirigido “aos que administram a Justiça”

Porém, o vídeo divulgado nesta quinta-feira, 4 de julho, é bem mais focado que isso. Focado em juízes, pede imparcialidade a eles.

Claro que se o tema do vídeo de julho do Papa foi definido em janeiro, não poderia decorrer das denúncias do Intercept. Mas há dois pontos a considerar.

1 – Desde o ano passado o Papa Francisco vem se aproximando de Lula. Em junho de 2018, enviou um rosário ao ex-presidente. Depois enviou duas cartas ao ex-presidente. Uma  em agosto de 2018, recebida pelo ex-chanceler de Lula, Celso Amorim, e outra em maio.

2 –O vídeo divulgado agora sobre a “intenção de oração” do mês, porém, difere um pouco da proposta inicial do cronograma, de dirigir a oração do mês “aos que administram a Justiça”

Como se  vê, o “ministério da Justiça” teve ótimas razões para entrar em pânico ao saber que o Papa divulgara um vídeo dizendo aos juízes o seguinte:

Dos juízes dependem decisões que influenciam os direitos e os bens das pessoas. Sua independência deve ajudá-los a serem isentos de favoritismos e de pressões que possam contaminar as decisões que devem tomar”.

Confira a reportagem em vídeo