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Bolsonaro acelera desmatamento sem Fundo Amazônia

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A virtual extinção do Fundo Amazônia é um tiro dado no combate do desmatamento ilegal no bioma com estilhaços em todo o país. A Noruega , que responde por 93,8% dos R$ 3,4 bilhões doados, pode não só interromper os repasses, como anunciou, quanto pedir de volta o cerca de R$ 1,5 bilhão ainda não comprometido com projetos aprovados.

O fundo financia não só projetos de pesquisa, mas é essencial para a fiscalização e o combate em campo do desmatamento ilegal realizado porIbama , Força Nacional e autoridades de segurança e de meio ambiente dos governos estaduais. Recebem recursos não apenas a Amazônia Legal , mas Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Ceará, já que 20% do fundo podem ser empregados em outros estados e países em programas essenciais ao meio ambiente, como a implementação doCadastro Ambiental Rural (CAR), por exemplo. Um por cento do fundo foi destinado a projetos internacionais em países amazônicos.

O dinheiro do fundo paga, por exemplo, o monitoramento do desmatamento feito pelo Imazon , um instituto independente, que ontem revelou ter havido um aumento de 15% de agosto de 2018 a julho passado. Ajuda a pagar também os sistemas oficiais do Inpe , atacados pelo governo e reconhecidos pela comunidade científica e internacional. E estava sendo empregado na criação de sistemas semelhantes ao Prodes para a Mata Atlântica , Caatinga , Pampa e Pantanal .

Dinheiro de volta

O desmatamento segue a ferro e fogo, mostra uma imagem da Nasacaptada pelo satélite Aqua no dia 13 e divulgada ontem. O sul da Amazônia, uma frente recente de desmatamento, arde, frisa Philip Fearnside, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

De OGlobo