Fake news: integrante do MTST não foi pago para incendiar mata

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Foto: reprodução

As imagens de um homem ateando fogo e depois preso em um carro da polícia circulam pelas redes sociais ao lado de um texto que diz que um integrante do MTST foi detido após ser pago para incendiar florestas no Amazonas. A mensagem é #FAKE.

Confrontada com as imagens, a Secretaria da Segurança Pública do Amazonas afirma que elas são de um homem de 33 anos que foi detido por policiais militares na rodovia AM-070 e conduzido à 31ª Delegacia Interativa de Iranduba.

Ele, no entanto, não faz parte do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) nem foi pago por ninguém para botar fogo na floresta. A mensagem diz que o homem deu um depoimento ao delegado afirmando que moradores de um assentamento do MTST na periferia de Manaus foram pagos para cometer o ato criminoso. A secretaria nega que ele tenha dado qualquer declaração neste sentido.

O homem acendeu fogo para queimar fios elétricos e extrair cobre. O problema é que as chamas se alastraram. O Corpo de Bombeiros do Amazonas foi acionado e o fogo foi controlado. Na delegacia, o homem assinou um termo circunstanciado de ocorrência por crime ambiental.

A Coordenação Nacional do MTST reforça que o movimento não tem assentamento ou ocupação em Manaus nem exerce qualquer ação na região. O MTST diz ainda que desconhece o homem detido e garante nunca ter tido qualquer relacionamento com ele.

Na semana passada, sem citar nomes nem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro disse que suspeitava que ONGs pudessem estar por trás das queimadas na Amazônia.

Do G1