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Bolsa argentina cai mais de 11% e Macri pode não se reeleger

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Com o retorno dos americanos de feriado, a Bolsa argentina voltou a cair nesta terça-feira (3). O índice Merval recuou 11,7% e foi para o pior patamar em dois anos.

Na segunda (2), o índice teve alta de 6,45%, em um movimento majoritariamente doméstico, já que Wall Street esteve fechada devido ao dia do trabalho americano.

O peso, por outro lado, segue em recuperação frente ao dólar, depois que o governo de Maurício Macri impôs duras restrições a movimentações com a moeda americana.

Depois de recuar 5,85% na segunda (2), a moeda americana caiu 1% em relação ao peso argentino e foi para 55,35 pesos por dólar, menor patamar em uma semana. Segundo operadores, a queda foi impulsionada pela venda de dólares a vista pelo banco central argentino.

O maior temor do governo era que as pessoas sacassem pesos e comprassem dólares para se proteger, numa estratégia maciça de busca de proteção. Isso poderia desencadear uma pressão adicional nas cotações e empurrar o país para a hiperinflação. Com a alta de preços rodando 54% ao ano, a palavra voltou aos debates econômicos.

Contudo, a ação de Macri de impor controles cambiais —abolidos por ele quando assumiu o poder em 2015, na linha de suas credenciais de defensor do mercado livre—poderia prejudicar o status de “mercado emergente” do país, segundo o MSCI.

A entidade que fornece índice de ações informou na segunda (2) que a mudança para restringir a movimentação de capital pode causar “deterioração material da acessibilidade ao mercado de ações” e levar à “reclassificação do índice MSCI da Argentina para o status de ‘standalone’ –não incluído nem nos índices de mercados emergentes nem nos de mercados ‘frontier’.

Qualquer reclassificação da Argentina nos índices, amplamente acompanhados pelo mercado, exigiria primeiro uma consulta pública do MSCI.

De FSP