Direita quer CPI nas universidades de SP

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A praça do Relógio da Universidade de São Paulo (USP) – Eduardo Anizelli/Folhapress

A CPI da Assembleia Legislativa que investiga as universidades de SP requisitou informações de sigilo bancário da Unicamp, da Unesp e da USP. Elas terão que enviar aos deputados extratos mensais de todas as contas que mantêm, do período de 2011 a 2019.

Só a USP faz mais de 30 mil movimentações bancárias por mês. Serão, portanto, no total, 3 milhões de linhas que os parlamentares terão que ler para decifrar a origem e o destino dos recursos.

A deputada Maria Izabel (PT-SP), conhecida como Professora Bebel, pediu vista e argumentou que não haveria condições de a CPI analisar os dados. Já o presidente da CPI, Wellington Moura (PRB-SP), diz que a análise será feita por amostragem.

Nesta semana, a CPI deve aprovar requerimentos exigindo que as universidades enviem à Assembleia a “relação de todas as pesquisas realizadas”, com título, objeto, valor e resultado do estudo. São milhares de projetos feitos a cada ano.

“A CPI perdeu o rumo”, diz a professora Bebel. Segundo ela, as iniciativas estão gerando insegurança nas instituições, que gozam de autonomia universitária. Moura diz que se trata apenas de buscar a “transparência”.

As instituições têm recebido, além da CPI, enxurradas de pedidos de informação. O deputado Douglas Garcia (PSL-SP), por exemplo, enviou à USP requerimento pedindo informações sobre todos os eventos “ministrados” no campus de São Carlos desde o início do ano até agora. E pede que sejam discriminados quais deles foram organizados por movimentos sociais.

Da FSP.