Lava Jato ameaçou criança de 7 anos com metralhadora

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Foto: Divulgação/ Ministério da Justiça

Em ato de desprezo pelo Estado Democrático de Direito, a Lava Jato colocou uma criança de 7 anos sob a mira de metralhadoras ao invadir a casa de sua mãe em maio de 2018. O objetivo era obrigar o avô da criança o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt, a entregar-se. Segundo revelação do Intercept, os policiais federais que invadiram a casa  exigiram “aos berros”, com metralhadoras, que ela revelasse o paradeiro de seu pai, para “evitar dor de cabeça para seu filho'”,

A operação aconteceu no Rio de Janeiro, em 24 de maio do ano passado, Quatro dias depois em pedido de habeas corpus ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, os advogados de Nathalie Angerami Priante Schmidt Felippe informaram que “três agentes da Polícia Federal portando metralhadora ingressaram na residência da paciente de forma truculenta, exigindo, aos berros, que ela revelasse o atual paradeiro do seu genitor, sob ameaça de ‘evitar dor de cabeça para seu filho'”, referindo-se à criança dela, um menino então com sete anos.

“O MPF apelou a Moro mirando na filha do investigado: queria que o passaporte de Nathalie fosse cassado e que ela fosse proibida de sair do Brasil. O plano era forçá-lo a se entregar para evitar mais pressão sobre a filha”, diz a matéria.

Posteriormente, Moro reconheceu: “não havia comprovação suficiente de culpa e que o nome dela era inédito nas investigações até ali”, disse ele.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) criticou o fato de a Lava Jato ter colocado uma criança de 7 anos sob a mira de metralhadoras ao invadir a casa de sua mãe, Nathalie Angerami Priante Schmidt Felippe, em maio de 2018. Agentes queriam obrigar o avô da criança o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt, a entregar-se.

“Mais #VazaJato nesta 4ªf.Moro, Dallagnoll e PF tocando terror em investigado! Tortura psicológica e ameaças a criança de 7 anos. Procuradores pediram medidas contra filha de empresário radicado em Portugal para tentar extradição dele”, escreveu o parlamentar no Twitter.

De acordo com reportagem do site Intercept Brasil, os policiais federais que invadiram a casa  exigiram “aos berros”, com metralhadoras, que ela revelasse o paradeiro de seu pai, para “evitar dor de cabeça para seu filho'”.