Trump quer prender congressista líder do impeachment

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou nesta segunda-feira, 30, o congressista democrata que lidera a investigação do processo de impeachment contra ele, sugerindo a detenção do político por traição.

Adam Schiff, presidente da Comissão Inteligência da Câmara dos Deputados, abriu na semana passada uma sessão legislativa imitando Trump e falando como um líder mafioso que pressionava o presidente ucraniano a investigar Joe Biden, pré-candidato democrata à presidência.

A imitação pretendia dramatizar a afirmação feita por Schiff sobre a conversa telefônica de 25 de julho entre Trump e Volodmir Zelenski, que segundo o democrata constituiu um ato de estilo mafioso por parte do presidente americano – a iniciativa de Shiff, no entanto, foi amplamente criticada pela imprensa conservadora.

Trump denunciou a declaração de Schiff como uma “afirmação falsa e terrível”. “Fingiu que era algo meu, que era a parte mais importante da minha ligação ao presidente ucraniano e leu em voz alta para o Congresso e o povo americano”, reclamou no Twitter. “Não tinha nenhuma relação com o que eu disse na ligação. Prisão por traição?”, completou.

É provável que a declaração aumente as críticas à maneira como Trump está lidando com o escândalo que atinge sua presidência, derivado da conversa com Zelenski na qual ele pediu que Kiev investigasse seu rival democrata Joe Biden e seu filho, Hunter.

telefonema foi incluído na denúncia de um delator do setor de inteligência dos EUA que despertou a suspeita de que o presidente procurou condicionar uma ajuda à Ucrânia a um favor político.

O presidente americano, do Partido Republicano, vem atacando cada vez mais seus oponentes políticos desde que democratas da Câmara anunciaram na semana passada que iniciariam um inquérito de impeachment.

Ele comparou o delator e autoridades da Casa Branca que deram informações ao delator a espiões e insinuou que cometeram traição.

O inspetor-geral de Inteligência Nacional considerou a queixa do delator crível e urgente, e a principal autoridade de inteligência dos EUA disse que o delator agiu de boa fé.

Do Estadão