Governo Bolsonaro é o mais entreguista da nossa história

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Foto: AGÊNCIA PETROBRAS / ANDRÉ RIBEIRO

O governo realiza nesta quinta-feira (10) a licitação de 36 blocos de exploração de petróleo nas bacias marítimas de Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos. No início de novembro, está previsto um megaleilão de áreas do pré-sal. Até o final do ano, segundo o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), João Antônio de Moraes, serão três rodadas de leilão que devem culminar na venda de 60 bilhões de barris.

“Quem deve estar comemorando, mais uma vez, deve ser o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Desde que Bolsonaro assumiu, tem atuado firmemente para defender a economia e os empregos dos norte-americanos. É o governo mais entreguista da nossa história e coloca em risco a soberania energética do Brasil”, afirmou à jornalista Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual.

Segundo ele, diversas medidas que vem sendo tomadas desde o governo Temer, e continuadas por Bolsonaro, devem resultar no aumento do preço dos combustíveis e danos irreparáveis à economia brasileira. Ele cita o esvaziamento da política de conteúdo nacional, a intenção de vender de oito das 13 refinarias da Petrobras, e a privatização já efetuada da BR Distribuidora.

“Significa que o Brasil vai exportar petróleo e importar gasolina, óleo diesel e petroquímicos. Estamos entregando um bem natural riquíssimo, praticamente doando esse petróleo, e sequer estamos exigindo o aporte à nossa economia dos equipamentos utilizados na produção. É uma tragédia para a economia brasileira, para os empregos e também para o preço dos combustíveis. Esses diversos leilões tendem a aumentar o preso da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Quando aumentam os combustíveis, tudo aumenta”, explica Moraes.

O governo federal tem comemorado os leilões de petróleo, que deve render cerca de R$ 230 bilhões aos cofres públicos. Dada a quantidade de petróleo ofertado, Moraes diz que a arrecadação é praticamente irrisória. Ele também compara o montante às isenções fiscais concedidas às petrolíferas estrangeiras, que somam mais de R$ 1 trilhão.

Da RBA