Liderança do PSL foi desculpa para derrota na embaixada

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Foto: Reprodução

É um erro afirmar que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) abriu mão do cargo de embaixador nos Estados Unidos para assumir a liderança do PSL na Câmara dos Deputados. Tarde da noite desta terça-feira (22), no Congresso Nacional, isso era consenso entre senadores. “Ninguém abre mão daquilo que não tem”, admitiu ao blog um senador próximo do governo.

Ou seja, Eduardo Bolsonaro foi em busca da melhor desculpa para minimizar aquela que seria a maior derrota pessoal da família Bolsonaro. Não havia votos no Senado para aprovação do nome do filho do presidente para ocupar o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro anunciou na noite desta terça, em discurso no plenário da Câmara, que desistiu da indicação para ocupar o posto de embaixador.

O pai, presidente Jair Bolsonaro, queria tanto o filho em Washington, que deixou vago por meses o posto mais importante da nossa diplomacia até que o Eduardo completasse a idade mínima de 35 anos para ficar habilitado para a função. A indicação foi cogitada em julho, mas nunca formalizada oficialmente.

Até declarações do presidente Donald Trump em apoio ao filho de Bolsonaro pareciam ajudar num primeiro momento. Mas senadores insatisfeitos com o tratamento do Palácio do Planalto, esperavam essa oportunidade para dar uma resposta ao governo.

Se já era extremamente adverso o ambiente no Senado para aprovar a indicação do nome de Eduardo Bolsonaro, depois da crise no PSL, ele ficou inviabilizado. Portanto, a nova missão de comandar a bancada do partido foi a desculpa perfeita para evitar uma derrota anunciada em plenário.

G1