Olímpio: “Sem PSL e Bivar, não existiria Bolsonaro presidente”

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução/Facebook/Exame

O senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado, lamentou nesta sexta-feira, 11, a crise no partido e disse que a sigla, seu presidente, Luciano Bivar, e o presidente Jair Bolsonaro “se completam”.

“(Em 2018), Bivar foi o único que deu a garantia para que Bolsonaro tivesse um partido para disputar a Presidência da República”, disse o senador, em formatura de sargentos da Polícia Militar de São Paulo. “O PSL cresceu muito por conta do Jair Bolsonaro. Mas sem PSL e sem Bivar, não existiria Bolsonaro presidente. Eles se completam.”

O senador disse que teme uma saída de Bolsonaro do partido e voltou a culpar pessoas do entorno do presidente pela crise. “Não podemos querer apagar incêndio com gasolina. O presidente tem infelizmente ao redor dele pessoas que querem fomentar isso. Até a oposição diz que a gente acaba se destruindo por conta (própria). Precisa de um pouco de maturidade.”

Major Olimpio diz ver uma “conspiração baixa” dentro no PSL. “Estou apontando o dedo dentro do partido. Fizeram uma reunião de 19 deputados escolhidos a dedo, eram alguns de sangue azul, a alta nobreza conservadora que mesmo dentro do partido ninguém podia saber. É uma conspiração baixa.”

O senador citou o ex-ministro do TSE, Admar Gonzaga, e a advogada de Bolsonaro Karina Kufa, entre os que supostamente estariam trabalhando nos bastidores, juntamente com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente. “O Eduardo promoveu tudo isso. Agora, quem perde é o presidente. Se algumas pessoas saíssem do PSL saíssem hoje, não fariam a menor falta.”

O Estado mostrou que aliados de Bolsonaro insatisfeitos com Bivar classificam a situação do presidente no PSL como “insustentável”. Para Olímpio, os filhos do presidente – além de Eduardo, o senador Flávio (PSL) e Carlos (PSC), vereador no Rio – têm “mania de príncipe”.

“Não reconheço no País a monarquia, a dinastia,. O que desgasta o presidente são os filhos com mania de príncipe.” Na quarta-feira, em entrevista à Rádio Eldorado, o senador já havia dito que o PSL “não é dinastia”.

Olímpio disse concordar com o presidente, que ao Estado na quinta afirmou defender uma auditoria nas contas do PSL: “É o óbvio. Fundo partidário é recurso público e tem que ser auditado o tempo todo. Centavo a centavo”.

Estadão