Peru: Parlamento suspende presidente por incapacidade moral

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A vice-presidente do Peru, Mercedes Aráoz, tomou posse como presidente interina do país na noite desta segunda-feira, após o Congresso – liderado pela oposição – decidir suspender por um ano o presidente Martín Vizcarra por “incapacidade moral”.

“Estou assumindo temporariamente a Presidência da República”, afirmou Aráoz antes de dizer que Vizcarra “incorreu em grave infração constitucional” ao anunciar, horas antes, a dissolução do Congresso.

Aráoz declarou que é o seu “dever como cidadã, como mulher, como mãe, e como vice-presidente assumir este mandato”, embora a decisão de Vizcarra conte com grande apoio da população.

O Congresso do Peru suspendeu o presidente Martín Vizcarra do cargo durante 12 meses por “incapacidade moral”, logo após o governante ter anunciado nesta segunda-feira a dissolução do órgão em meio a uma crise entre os poderes Executivo e Legislativo.

A decisão foi tomada com 87 votos dos legisladores presentes no plenário, a maioria do partido fujimorista Força Popular, de seu aliado Partido Aprista e representantes da direita e da extrema-direita.

Em meio ao impasse, o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas e os comandantes do Exército, Marinha, Força Aérea e Polícia Nacional reafirmaram “seu pleno apoio à ordem constitucional e ao presidente Martin Vizcarra como chefe supremo.

A informação foi publicada no Twitter da presidência junto a uma foto da reunião dos comandantes militares com Vizcarra no Palácio do Governo.

O presidente lançou um ultimato ao Congresso no domingo, anunciando que o dissolveria caso lhe negasse um voto de confiança para reformar o método de nomeação de magistrados, buscando assim impedir que o tribunal superior seja tomado pela oposição.

Mas o Congresso, controlado pela oposição fujimorista, decidiu nesta segunda-feira ignorar o pedido do presidente e iniciar de imediato a nomeação.

“Está claro que a obstrução e a blindagem (do Congresso) não cessam e não haverá acordo possível”, disse o presidente, enquanto centenas de manifestantes reunidos do lado de fora do parlamento comemoravam sua decisão.

(Com EFE e AFP)

Da Veja