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Pobreza na Argentina bate recorde com Macri

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De acordo com o Clarín, não havia dados oficiais nessa época, e medições alternativas do Observatório da Dívida Social Argentina (UCA, ligado a uma universidade do país) mostravam a taxa em 29%.

O jornal La Nación diz que se trata do pior índice desde 2007, segundo a UCA, ou 2008, se considerado o dado da Umet, outra universidade.

Um cenário de queda dos salários reais, desvalorização das aposentadorias, perda de empregos e crescimento da informalidade em um contexto de retração da atividade econômica e de queda do poder de compra da população é apontado como responsável pelo resultado.

Espera-se que Macri termine o mandato com taxas ainda piores, devido à aceleração da inflação no semestre atual e à incerteza política e econômica após as primárias de 11 de agosto —que resultaram em ampla derrota para o atual presidente, que concorre à reeleição.

Ao assumir o governo, em dezembro de 2015, Macri disse que uma inflação moderada seria “fácil de alcançar”, prometeu “pobreza zero” e previu “uma chuva de investimento estrangeiro”.

A inflação já acumulou 30% entre janeiro e agosto deste ano, após atingir 47,6% em 2018; os investimentos não chegaram, apesar do apoio político dos Estados Unidos e de potências europeias. O desemprego atingiu seu ponto mais alto em 14 anos (10,6%). A moeda depreciou 68% desde janeiro de 2018.

A crise econômica começou a se agravar no fim do primeiro semestre de 2018, quando o dólar arrancou em disparada —em um ano, quase duplicou seu valor frente ao peso.

O governo, já endividado, teve de acudir a uma linha de crédito do Fundo Monetário Internacional, que pediu uma política de austeridade mais dura em contrapartida.

A política de ajustes de preços, cortando subsídios da era kirchnerista (2003-2015), que já vinha ocorrendo de modo gradual, começou a se acelerar e a impactar ainda mais o bolso dos argentinos.

De FSP