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Shell tem até amanhã para esclarecer barris nas praias

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A companhia de petróleo Shell tem até esta quinta-feira, 17, para informar, com detalhes, para quem afinal vendeu os barris de petróleo que foram encontrados nas praias de Sergipe. Segundo o Estado apurou, a empresa foi formalmente notificada para apresentar mais informações sobre o material. O objetivo é saber se material é o mesmo que se espalhou por 167 pontos do litoral do Nordeste e cuja origem ainda é investigada pelo governo.

Na segunda-feira, 14, a companhia anglo-holandesa declarou, por nota, que o “conteúdo original das embalagens com a marca Shell encontradas na Praia da Formosa, no Sergipe, não tem relação com o óleo presente em diversas praias do Nordeste brasileiro”. De acordo com a empresa, as embalagens são usadas pela empresa para armazenar lubrificantes de embarcações.

A Shell também chegou a declarar que as embalagens têm data de fevereiro de 2019, sendo que a primeira mancha de óleo que apareceu na costa brasileira foi em setembro. “Isso aponta para uma possível reutilização do recipiente por terceiros nesse intervalo de tempo”, informou a companhia.

Seja qual for o conteúdo, porém, o governo quer rastrear o caminho dos barris, ou seja, para quem foram vendidos, quando, qual era a sua destinação, quem fez as encomendas, entre outras informações. Questionada pelo Estado, a Shell confirmou, por meio de sua assessoria, que “foi notificada e que vai responder no prazo determinado”.

Nesta quinta, pesquisadores de Sergipe confirmaram que o óleo que suja as praias do Estado não é brasileiro. Trata-se do mesmo óleo já investigado pela Petrobrás e Marinha, que confirmaram a origem venezuelana do material. O governo Nicolás Maduro, porém, nega que o óleo seja do país vizinho. Na avaliação do governo, a hipótese mais forte sobre a origem do crime ambiental, neste momento, é de “navio fantasma”, embarcação clandestina que faz o contrabando de petróleo.

Mais de 200 toneladas da borra já foram retiradas do litoral brasileiro desde o dia 2 de setembro, quando começaram a surgir nas praias brasileiras.

De ESTADÃO