Sindicalistas não recebem salário integral da Petrobrás

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Foto: Sergio Moraes

No meio do tradicional embate bianual entre Petrobrás e sindicatos em torno do acordo coletivo de trabalho – que venceu no último dia 30 – a estatal conseguiu, entre outras coisas, desobrigar-se de custear os salários integrais de 74 dirigentes sindicais. São funcionários que estão liberados, há 20 anos, para dedicar 100% do tempo às atividades nos sindicatos de petroleiros. Não precisam bater ponto. O que significa, basicamente, que a empresa custeia os interesses dos sindicalistas.

Pelo que se apurou, os contracheques mensais desses funcionários, somados, chegam a R$ 1,3 milhão – valor equivalente a um salário médio de R$ 17,6 mil por empregado. Por ano, o gasto chega perto de R$ 20 milhões, se incluída no pacote a participação a que eles faziam jus nos resultados da petroleira.

Na elite dos petroleiros com maiores salários que não trabalham na companhia, graças à liberação sindical, a remuneração média é de R$ 29,4 mil por mês.

Mas a decisão não é ainda definitiva. A categoria e a Petrobrás têm até o dia 22 de outubro para votar proposta alternativa apresentada às partes, após mediação, pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Do Estadão