Classe política francesa comemora Lula livre

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Foto: Heuler Andrey / AFP

Diversos representantes dos partidos da esquerda francesa reagiram neste sábado (9) à liberação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deixou nesta sexta-feira (8) a cela especial onde estava detido na Superintendência da Polícia Federal. Em um discurso, criticou o presidente Jair Bolsonaro e prometeu que sairá em caravana pelo país.

“O lugar de Lula não era na prisão. Ele obteve a liberdade e sei que a colocará a serviço do Brasil”, declarou o ex-presidente francês François Hollande. O presidente do partido de extrema-esquerda “A França Insubmissa”, Jean-Luc Mélénchon, também publicou uma mensagem no Twitter em apoio ao ex-presidente brasileiro. “Essa é a vitória daqueles que não se deixam impressionar”, escreveu Mélénchon, que visitou Lula na prisão em setembro.

 

“Estou muito feliz com essa vitória contra o fascista Bolsonaro e o neoliberalismo autoritário que ele encarna. A reconquista pode começar no Brasil”, também reagiu o deputado do partido de Mélénchon no Twitter, Eric Coquerel. O secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel, declarou que essa “é uma etapa importante para a liberação total de Lula e a união de todos os progressistas brasileiros. Lula livre é o Brasil que respira!”, reiterou.

“Lula livre!Enfim!”

“Lula livre! Enfim! Sua libertação pela Suprema Corte do Brasil mostra as mentiras e manipulações que levaram Bolsonaro ao poder”, estimou o secretário nacional do Partido Socialista, Olivier Faure. De acordo com ele, o secretário internacional da legenda, Jean-Marc Germain, deve se encontrar com Lula nos próximos dias para discutir o “combate comum contra o nacional-populismo”.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo também disse estar “feliz” com a liberação. “Espero ansiosamente sua visita a Paris, onde recebeu o título de cidadão honorário.” Ela retuitou diversas mensagen publicadas na rede social em apoio ao ex-presidente. Em resposta, Lula agradeceu o afeto demonstrado pela população parisiense.

O ex-presidente brasileiro cumpria pena de prisão de 8 anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STF decidiu, na quinta-feira (7), que as penas só podem ser cumpridas depois do esgotamento de todos os recursos legais, o chamado de trânsito em julgado.

Rfi