Fernández: “Quebra institucional na Bolívia é inaceitável”

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Foto: reprodução

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, condenou neste domingo o golpe de Estado na Bolívia que levou á renúncia do mandatário boliviano Evo Morales. “A quebra institucional na Bolívia é inaceitável. O povo boliviano deve escolher o quanto antes, em eleições livres, seu próximo governo”, disse o peronista.

Fernández ainda disse que “nós, defensores da institucionalidade democrática, repudiamos a violência desatada que impediu que Evo Morales concluísse seu mandato presidencial”.

Segundo o argentino, “se consumou um golpe de Estado na Bolívia produto da ação conjunta de civis violentos, tropas policiais amotinadas e a passividade do Exército”.

O mandatário eleito cobrou que “o compromisso da Argentina com a institucionalidade e contra qualquer forma de golpe de Estado no continente deve ser total”.

“Espero que as atuais autoridades atuem sob o mesmo princípio, preservando a integridade física de quem possa ser perseguido pelo golpismo e colaborem até o dia 10 de dezembro [data em que Fernández assume a presidência] com a recuperação da democracia na Bolívia”, afirmou.

Golpe de Estado

O presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou ao cargo neste domingo (10/11) após um golpe de Estado inciado pelos partidos opositores que perderam as últimas eleições presidenciais. O anúncio veio depois de os militares “sugerirem” que ele renunciasse.

“Lamento muito este golpe. A luta não termina aqui”, disse o presidente, durante discurso após a renúncia. “Até aqui, chegamos pela pátria, não pelo dinheiro. Se alguém diz que estamos roubando, que apresente uma prova sequer. […] Não estou escapando. Nunca roubei, que demonstrem se roubei. Foi um golpe cívico-policial”, disse o presidente.

Do Opera Mundi