Namorada de Lula deixará emprego em Itaipu

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Foto: Reprodução

A namorada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rosângela da Silva, conhecida pelo apelido “Janja”, vai deixar seu emprego na usina binacional Itaipu. Aos 52 anos, Janja exerce a função de socióloga na empresa desde janeiro de 2005 e ganha cerca de R$ 20 mil.

Sua saída foi acertada em comum acordo com a direção da empresa, comandada pelo general Joaquim Silva e Luna, e será conduzida de maneira “absolutamente pacífica”, segundo apurou a Coluna. O presidente Jair Bolsonaro foi comunicado do acerto, “negociado sem conflito”, para desligamento de Janja.

Procurada, Itaipu confirmou que Rosângela da Silva está deixando a empresa, mas não deu detalhes sobre negociação para a saída. A empresa informou que a saída “foi fruto de acerto entre as duas partes”.

O afastamento de Janja foi acertado nesta terça-feira, 12, seu último dia na empresa, mas seu desligamento definitivo será efetivado em janeiro. Até lá, ela poderá usufruir da bonificação a que tem direito e à antecipação de suas férias. Em Itaipu, o empregado com mais de dez anos de casa tem direito a férias de 30 dias úteis, e não 30 dias corridos como prevê a CLT.

No final da tarde de sexta-feira, dia em que Lula foi solto, Janja estava em Curitiba, na porta da Polícia Federal, aguardando o namorado deixar a carceragem. No mesmo dia, Lula anunciou que havia pedido a socióloga em casamento.

Rosângela da Silva chegou a Itaipu a pedido de Lula, atendido pelo então presidente da empresa, Jorge Samek, que esteve no comando da binacional entre 2003 a 2017.

Também a pedido da cúpula petista, Janja foi cedida à Eletrobrás para realização de um curso, no Rio de Janeiro, entre junho de 2012 e fevereiro de 2017. Em seu retorno à Itaipu, foi lotada na área de responsabilidade social, e trabalhou no escritório de Curitiba de 7 de abril de 2018 até sexta-feira passada. Atualmente Rosângela não tinha nenhum cargo gerencial.

Para negociar sua saída de Itaipu sem que tivesse maiores prejuízos, a namorada de Lula procurou um intermediário ligado ao diretor-geral de Itaipu. O general Silva e Luna concordou que a saída fosse feita de comum acordo.

Se continuasse na empresa, Janja teria de deixar Curitiba para ser transferida para Foz do Iguaçu até o início de 2020. Isso porque a nova administração da binacional vai extinguir o escritório da capital paranaense em 31 de dezembro. Ela já tinha pedido para permanecer em Curitiba até a data-limite para transferência. Se não deixasse a empresa, ela e Lula teriam que se mudar para Foz do Iguaçu.

A Coluna tentou um contato com Rosângela por telefone, mas não obteve sucesso até a publicação da reportagem.

Estadão