Pimenta denuncia: Moro atua como jagunço de milicianos

Todos os posts, Últimas notícias
Foto: Gustavo Bezerra

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), acusou o ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de usar o cargo para atuar como “jagunço de milicianos e bandidos” e ao mesmo tempo perseguir adversários políticos e manipular investigações.

A afirmação de Pimenta foi feita a propósito da notícia de que a Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento.

O líder lembrou que a ex-presidenta Dilma é um exemplo de honestidade em toda a sua trajetória de vida pública ao longo de décadas, tanto que mora há mais de 20 anos em um mesmo apartamento em um prédio modesto de Porto Alegre. “Nós, da Bancada do PT, reafirmamos toda a confiança e total admiração à ex-presidenta”, disse o líder Paulo Pimenta.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido da PF em operação que buscou provas, nesta terça-feira (5), contra os senadores Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) num caso relacionado a financiamento de campanha pela JBS em 2014.

Estado policial

Para Pimenta, o Brasil está hoje “mergulhado num Estado policial que protege cúmplices como Fabrício Queiroz”, que o líder chamou de “tesoureiro da família Metralha”, numa referência ao presidente da República Jair Bolsonaro e seus três filhos.

Pimenta observou que Queiroz nunca deu depoimento formal nas investigações sobre esquema de “rachadinhas” no mandato do ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro e hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), mas, enquanto isso, a PF é instrumentalizada por Moro para “perseguir adversários políticos”.

Pimenta observou que Queiroz recebia dinheiro da mulher e da mãe do capitão Adriano, ambas funcionárias do gabinete de Flávio Bolsonaro, e repassava para a família do atual presidente da República, até para a hoje primeira dama Michele Bolsonaro. Capitão Adriano, foragido, é acusado de chefiar um “escritório do crime” e de ter participado do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Milicianos

Pimenta assinalou que o atual governo, em menos de um ano, já mostrou para a população que de “nova política” não tem nada, dado o grande número de escândalos em que se envolveu, como tráfico de cocaína em avião presidencial, laranjal do PSL, negociatas em torno de acordo com o Paraguai sobre a hidrelétrica Itaipu Binacional. “É um governo que envergonha o Brasil, com um presidente que é jardineiro do quintal dos Estados Unidos”.

O líder advertiu que o governo Bolsonaro é uma ameaça às instituições e ao Estado de Direito e que, apesar das ameaças tanto do capitão-presidente, como de seus filhos e sua base de apoio, a oposição não se deixará intimidar. “O povo brasileiro a cada dia diz mais basta a Bolsonaro e a sua quadrilha de corruptos. É um governo incompetente, corrupto, formado por uma quadrilha e com fortes laços com organizações criminosas e milicianos do Rio de Janeiro”, completou.

Do PT na Câmara