Dida Sampaio/Estadão

Só agora PSL ataca projetos ‘personalistas e familiares’

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A Comissão Executiva Nacional do PSL divulgou uma nota nesta quarta-feira (13) na qual informa que ainda não recebeu oficialmente pedido de desfiliação do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e que projetos “personalistas e familiares” são “pouco republicanos”.

A manifestação foi divulgada um dia após o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares aliados anunciarem a saída do PSL e a criação de um novo partido político, o Aliança pelo Brasil.

“Projetos personalistas e familiares soam pouco republicanos em um momento em que se procuram conferir transparência à vida pública e, sobretudo, política. Ficam os votos de boa sorte àqueles que queiram acompanhar o presidente da República e seu filho”, diz o texto da nota.

A mudança de partido foi anunciada por Bolsonaro após uma série de divergências com o presidente do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (CE). No mês passado, Bolsonaro afirmou a um apoiador para “esquecer” o partido, acrescentando que Bivar está “queimado para caramba”.

Na nota, a Executiva do partido diz que ao longo dos 11 meses de governo se manteve fiel às pautas do Executivo e que o partido seguirá comprometido com os ideais que elegeram o presidente da República, governadores e parlamentares.

“Seguro de que cumpriu seu compromisso junto ao eleitorado, o partido não cederá a nenhum tipo de achaque ou desvirtuamento da legalidade ou da moralidade por quem quer que seja”, diz a nota.

A comissão reitera que o PSL segue à risca a “legalidade, a lei eleitoral e a Constituição” e destaca decisão do Supremo Tribunal Federal que confirmou que, no sistema proporcional, o mandato pertence ao partido.

“A decisão é fundamental para inibir o troca-troca partidário, que desacredita o nosso sistema e enfraquece a democracia. O PSL acredita em instituições fortes e um partido estruturado”.

Na manifestação, a Executiva diz que sua missão é com o povo brasileiro e dá votos de boa sorte “àqueles que queiram acompanhar o presidente da República e seu filho”.