Moro perde força no Congresso e 2a instância empaca

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Foto: Dida Sampaio/Estadão

O tempo joga contra Sérgio Moro e sua agenda no Congresso, avaliam integrantes do governo e da oposição. Segundo eles, em conversa com a Coluna, os próximos dias serão decisivos para o futuro do pacote anticrime e também para a PEC da prisão após segunda instância. Neste momento, a sensação é de que os ventos favoráveis ao ministro no Congresso, soprados pela opinião pública logo após a recente decisão do STF pró-Lula, perderam força e não passam de uma brisa, de um sonho de uma noite de verão na definição de um deputado.

O trágico episódio das mortes na favela de Paraisópolis (São Paulo) será usado pela oposição para pressionar a agenda bolsonarista no Congresso, dizem parlamentares governistas que acham melhor alongar o trâmite do pacote anticrime e das demais pautas de segurança.

Essa visão é contrária à do ministério, que, logo após a decisão do STF contra a prisão após condenação em segunda instância, chegou até a levar Moro ao Congresso Nacional. A oposição entende ter mais chances de derrotar Moro em 2020.

Fabio Lepique, em nome do prefeito Bruno Covas, recebe homenagem de Sérgio Moro, pelo trabalho da capital de SP no combate à pirataria e crimes correlatos.

O governo disse a parlamentares incomodados com o atraso nos pagamentos das emendas que a culpa é da falta de braços para desenrolar os trâmites burocráticos e fazer o dinheiro efetivamente chegar aos municípios.

O Planalto prometeu pagar até a próxima segunda-feira R$ 698 milhões de emendas destinadas para a Saúde. Em troca, deputados não fariam obstrução a pautas importantes ao governo, como o Orçamento.

A comissão externa da Câmara que identificou a paralisia no MEC realizará sessão hoje para votar seu relatório. Partidários do governo, no entanto, articulam usar uma estratégia típica da oposição, com pedidos de adiamento, para segurar a aprovação do texto.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem sido um dos mais combativos parlamentares da suprapartidária “bancada da cultura” que começa a se formar no Congresso.

O senador não dispensa a irreverência. Ao comentar a nomeação de Dante Mantovani para a Funarte, disparou: “Desrespeita critérios técnicos e dá a entender que está aumentando o consumo de drogas psicodélicas no governo”. Mantovani disse que os Beatles surgiram para implantar o comunismo.

Marcus de Araújo, favorito para ocupar a vaga aberta de diretor da Anvisa, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça após cerimônia no Palácio do Planalto.

É dado como certo no Conselho Nacional de Direitos Humanos que a mobilização do governo e da PGR não vai parar na substituição de Deborah Duprat, subprocuradora da ala progressista do MPF.

Para os aliados de Duprat no conselho, a troca é irregular, uma vez que ela foi eleita para a mesa diretora e a vaga é intransferível. Segundo eles, a intenção do governo é pressionar instituições para trocar seus membros e, assim, obter maioria no colegiado.

A ideia do governo seria emplacar Sérgio Queiroz, secretário de Damaras Alves, na presidência. Para a manobra, é necessária a maioria dos 22 votos.

O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil decidiu incorporar o nome do rabino Henry Sobel, morto no dia 22 de novembro último. A homenagem foi aprovada pela família.

Carlos Jordy, deputado federal (PSL-RJ): “É um ato arbitrário de uma ala do partido que age como quinta-coluna numa guerra. Atacam o presidente e os aliados”, sobre suspensão de deputados do PSL.

Estadão