REPRODUÇÃO / Estadão Conteúdo

Olavo de Carvalho vira consultor de programas do MEC

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No site da produtora, a série, lançada na internet em 2017, é definida como “o maior resgate histórico já produzido no País”. No Twitter da TV Escola, está a informação de que a Brasil Paralelo cedeu a série para que o canal a exibisse. A TV anuncia que os episódios irão ao ar a partir desta segunda-feira, 9, e serão exibidos até sexta-feira, 13, sempre às 21h.

A iniciativa foi comemorada nas redes sociais por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. “Teremos Brasil Paralelo na TV Escola. Teremos Olavo de Carvalho na TV aberta. Grande dia”, comemorou Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista criador do site Terça Livre. O escritor Olavo de Carvalho é um dos especialistas ouvidos na série e é figura frequente nos documentários feitos pela Brasil Paralelo.

A produtora, que se transferiu recentemente de Porto Alegre para São Paulo, diz em seu site que a série pretende “desenterrar o nome dos grandes homens na nossa história” e “ajudar a devolver a história que nos foi negada”. A produção, que segundo a Brasil Paralelo já foi vista por milhões de pessoas a internet, ajudou a dar projeção ao recém-nomeado presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, filósofo e professor conhecido em canais de Youtube da direita bolsonarista e contrário ao republicanismo brasileiro que derrubou a monarquia em 1889.

A Brasil Paralelo diz ter como missão “provocar o maior impacto cultural que o Brasil já presenciou” e promete reparar as “mazelas que nossa cultura sofreu nos últimos anos”, em referência aos governos petistas. Um de seus mais famosos entusiastas é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que quando era cotado para assumir a Embaixada do Brasil em Washington tuitava que estava estudando história a partir das séries da Brasil Paralelo.

Nesta segunda, em seu Twitter, o deputado ajudou a promover a nova atração do canal estatal. “Temos uma lindíssima história e ela há de ser recuperada. Agora: Brasil Paralelo na TV Escola”.

Material será veiculado só uma vez, diz associação responsável pela emissora

Em nota, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) informou que decisão de transmitir o documentário foi tomada em uma reunião de pauta entre as áreas de programação, produção e direção levando em conta o “objetivo de diversificar a programação”. A associação disse que o material só será veiculado uma vez.

Apesar de informar que o Ministério da Educação não interfere na programação e escolha dos materiais exibidos na TV Escola, ao ser questionado pelo Estado se foi feita avaliação do material e se ele está de acordo com o currículo das escolas e cursos de graduação do País, a Acerp informou que o ministério é quem deveria responder. Procurado, o MEC disse que a TV Escola tem independência e se responsabiliza pelo que veicula.

TERRA