Polícia chilena jogava soda cáustica em manifestantes

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Foto: Javier Torres/AFP

De acordo com a Folha de S. Paulo, uma análise feita pelo Colégio de Químicos Farmacêuticos e Bioquímicos do Chile, indicou que a água que os policiais usaram para reprimir manifestantes contém soda cáustica e elementos de gás de pimenta.

A análise foi solicitada após muitos manifestantes se queixarem de intensas queimaduras e reações alérgicas.

O estudo indica que o contato com a soda cáustica pode resultar em inflamações nos pulmões, desmaios, queimaduras com bolhas, sangue nas fezes e vômitos.

O uso da soda cáustica explica a grande quantidade de pessoas que perderam a visão durante os protestos. Estimativas indicam que no mínimo 350 pessoas sofreram ferimentos nos olhos.
O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, disse em uma rede social que não havia “presença de soda cáustica” na água utilizada.

A polícia chilena também negou. O general Jean Camus Dávila, disse ao jornal La Tercera, que “não existe nenhuma forma de empregar esse produto no controle da ordem pública”.

O Departamento de Direitos Humanos do Colégio Médico do Chile já havia chamado atenção para a possível existência de componentes químicos na água utilizada pelos policiais.

A entidade apresentou aos senadores imagens de manifestantes com queimaduras com bolhas, inclusive algumas em carne viva.

Após ser alvo de inúmeras críticas e acusações de abusos pela defensoria pública, por entidades chilenas e internacionais de direitos humanos, o alto comando da polícia informou mudanças nas ações de seus agentes.

O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos fez denúncias de casos de estupro, tortura e abusos cometidos por policiais e pelas Forças Armadas durante os protestos no Chile.

Redação com Folha