PSL tira Eduardo Bolsonaro da liderança

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Diretório Nacional do PSL deve confirmar na terça-feira as 18 punições aplicadas pela Comissão Executiva aos deputados federais bolsonaristas. Na semana passada, o colegiado recomendou suspensão das atividades parlamentares a 14 deputados, advertiu outros quatro e arquivou o processo de mais dois deputados.

Se confirmadas as suspensões, o PSL pretende destituir Eduardo Bolsonaro da liderança da legenda na Câmara. Estão cotados para assumir o posto Joice Hasselmann (SP), Felício Laterça (RJ) e Felipe Francischini (PR).

Na semana passada, a Executiva recomendou afastamento de 12 meses das atividades parlamentares aos deputados Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Daniel Silveira (RJ). Já Sanderson (RS) pode ser suspenso por dez meses.

O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (GO), e Carlos Jordy (RJ) receberam suspensão de sete meses. Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR) e Márcio Labre (RJ) podem ser afastados por seis meses. E Cabo Junio Amaral (MG), General Girão (RN) e Luiz Phillippe de Orleans e Bragança (SP) ficam três meses afastados.

A advertência escrita deve ser aplicada aos deputados Aline Sleutjes (PR), Coronel Armando (GO), Chris Tonietto (RJ) e Hélio Lopes (RJ). Para os deputados Guiga Peixoto (SP) e Luiz Ovando (MS), a recomendação foi pelo arquivamento de suas representações.

O parlamentares que forem punidos pretendem recorrer à Justiça para reverter a decisão, de acordo com a deputada Alê Silva (PSL-MG). Eles alegam perseguição partidária e devem ser representados apenas pelos advogados na reunião do PSL que ocorrerá nesta terça. Os bolsonaristas acusam o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar (PE), de não dar transparência às contas do partido.

— O tribunal interno que criaram é um tribunal de exceção. No Conselho de Ética (onde começou a tramitação do processo) só se encontram pessoas de confiança do Bivar. Não há qualquer dúvida de que a decisão deste conselho está eivada de vícios — disse Alê Silva.

O Globo