Quanto custa a claque de Bolsonaro

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 Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quarta-feira a opinião de seus apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, sobre vetar ou não o repasse de recursos a partidos políticos. Na última terça-feira, o Congresso aprovou o fundo eleitoral para as eleições municipais de 2020, fixado em R$ 2 bilhões.

“Vocês acham que tem que vetar ou sancionar os R$ 2 bilhões de fundo partidário?”, questionou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada. “Veta, veta”, responderam apoiadores. Não ficou claro se o presidente queria se referir, de fato, ao fundo partidário, que é pago todos os anos, ou ao fundo eleitoral, destinado a períodos de campanha e que foi aprovado ontem.

Na conversa com populares, o presidente destacou os valores que seriam repassados aos maiores partidos da Câmara com financiamento público. “O PT vai pegar R$ 200 milhões, o pessoal daquele PSL lá, que mudou de lado, vai pegar mais R$ 200 milhões”, disse, se referindo ao partido ao qual era filiado até mês passado.

Ao discutirem o orçamento 2020, os deputados chegaram a avaliar a possibilidade de aumentar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões em 2020, mas recuaram diante de manifestações contrárias dentro da Casa, da pressão de parte da sociedade e do indicativo de que Bolsonaro poderia vetar o aumento.

Questionado pelos apoiadores sobre o Aliança pelo Brasil, Bolsonaro disse que “pelo jeito, vamos ter que colher assinaturas no braço” para viabilizar a criação da sigla. Desta forma, indicou o presidente, não seria possível constituir o partido a tempo de participar das eleições de 2020.

O presidente voltou a afirmar que considera “excelente” o desempenho do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e que as críticas endereçadas ao ministro são sinal de que o trabalho está indo bem.

Valor Econômico