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Salles ataca meta ambiental estabelecida em 2015

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou em sua primeira coletiva na COP-25, realizada na quinta, 12, em Madri, que o compromisso estabelecido pelo governo brasileiro, em 2015, para a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 43% até 2030 sem necessidade de ajuda externa foi negociado para “fazer média com outros países”.

“(O governo) fez a cortesia com o chapéu dos outros. Nos comprometemos com coisas que depois a sociedade brasileira está tendo que arcar com o ônus de quem nos representou (…) O chapéu é de todos os brasileiros. Em razão de alguns compromissos assumidos por aqueles que querem sempre sair bem na foto (…) O recurso é que eu quero ver se graças a uma má base que foi negociada se vamos reverter. Eu acho que temos o direito de pleitear o dinheiro porque o Brasil já tem uma série de recursos de preservação que outros países não têm. Deveríamos ter feito uma negociação boa para os brasileiros e não para fazer média com os outros países”, criticou o titular da pasta, criticado por não ter, exatamente, um plano de política climática.

A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, à frente das negociações internas dentro do Brasil que levaram à meta nacional junto ao Acordo de Paris, rebateu: “Fazer restauração florestal é obrigação pelo Código Florestal daqueles que desmataram. Então, como é que eu vou pedir dinheiro internacional para quem praticou crime ambiental? (…) Nunca vi o Brasil precisar de recurso internacional para alcançar uma agricultura de baixo carbono. É para isso que existe crédito rural no Brasil. E tudo foi equacionado com os Ministérios da Economia, da Agricultura, com os setores (…) Tudo foi desenhado dentro de planejamentos previstos para o desenvolvimento do Brasil”, conforme informou à repórter Giovana Girardi, do Estadão, em Madri.

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