Congresso em foco

Tabata nega candidatura à prefeitura de SP

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Analistas que acompanham a política de São Paulo dizem que o nome da deputada Tabata Amaral (PDT) é um dos poucos que têm potencial para alterar os rumos da eleição paulistana, tirando a disputa inclusive do âmbito das três principais forças que se rivalizam hoje na cidade mais rica do país: o grupo do governador João Doria (PSDB), o PT e os aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Nova, independente, com interlocução tanto à direita quanto à esquerda, nascida na periferia e com diploma de Harvard, Tabata poderia constituir um quarto e poderoso polo na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com possibilidades de chegar ao segundo turno, afirmam tais analistas.
Quem admitiu para o Congresso em Foco que a deputada discute tal possibilidade foi uma das pessoas mais próximas da parlamentar, que pediu sigilo da fonte. A informação foi divulgada por Sylvio Costa, fundador do site, durante a live que debateu o Brasil 2020, na manhã desta quinta-feira (5).
Em resposta a esta informação, que foi publicada também no Twitter o Congresso em Foco, a parlamentar reagiu e afirmou que não tem intenção de sair candidata nas próximas eleições. “Eu não tenho nenhuma intenção de me candidatar em 2020. Acredito que tenho muito a contribuir ainda como deputada federal e vou terminar o meu mandato”, disse a parlamentar.
Tabata tem sido muito atacada desde a votação da reforma da Previdência. Setores da esquerda criticaram a deputada, que trabalhou para melhorar o texto da reforma, por não ter se voltado totalmente contra a proposta do governo. “No âmbito pessoal, é óbvio que eu fico magoada. Eu não tenho vergonha de dizer que choro, fico triste. Eu sou um ser humano. Mas tem uma coisa que me preocupa e me entristece. Quando um grupo do Parlamento que se diz preocupado com o social acha que eu sou o maior problema deles”, disse a deputada em entrevista à Revista Congresso em Foco recentemente.
Tabata, porém, tem demonstrado firmeza em suas convicções,  e garante que sua luta para impedir um retrocesso maior deveria ser levada em conta. Ainda na entrevista para a revista, a deputada declarou que parece hipocrisia os ataques da esquerda. “No momento em que eles olham para a votação da reforma da Previdência e não reconhecem todo o esforço pessoal que eu fiz para mudar o texto. Me parece hipócrita e também triste que essa oposição gaste tempo com alguém que se coloca no campo progressista, só porque ela ao mesmo tempo tem uma visão de mundo que contempla a responsabilidade fiscal também”, acrescentou a deputada no mesmo dia em que foi anunciado que tinha sido escolhida como a melhor pelo júri do Prêmio Congresso em Foco 2019.