Bolsonaro e o genocídio

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Foto: Reprodução

Na semana em que se comemora os 75 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz é de imensa gravidade a declaração de Bolsonaro na qual afirma que índios não são seres humanos. Associar um outro povo a animais ocorre sempre que um líder tem o genocídio como objetivo. Bolsonaro ainda não afirmou que índios são porcos, como diziam os revolucionários russos acerca dos burgueses que perseguiram e mataram, nem tampouco o associou a ratos como faziam os nazistas em relação aos judeus. O fato é que ele deu o primeiro passo nessa direção.

Um genocídio não se mede em número de pessoas mortas, mas no objetivo de acabar com um povo ou um grupo, seja por razões étnicas (brancos contra índios), raciais (australianos eliminando os negros tasmanianos), religiosas (muçulmanos e cristãos no Líbano), ou políticas (o Khmer Vermelho no Camboja). No genocídio são assassinados indistintamente homens, mulheres e crianças, sem que eles causem nenhuma ameaça à segurança física dos genocidas.

É preciso estar alerta aos movimentos de Bolsonaro e de seus seguidores sempre que o assunto forem os povos indígenas de nosso país, eles correm sim o risco de serem vítima de genocídio neste governo.

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