Bolsonaro reafirma desculpa para aumentar fundo eleitoral

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta sexta-feira que deverá sancionar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões aprovado no orçamento de 2020. O presidente argumentou que o veto à medida poderia implicar crime de responsabilidade.

“A bomba do fundo eleitoral está estourando no meu colo, sou escravo da Constituição”, afirmou a jornalistas, na saída do Palácio da Alvorada. Segundo o presidente, não sancionar o fundo o incluiria “em três dos sete crimes de responsabilidade” previstos na legislação.

O presidente rebateu as críticas da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo, sobre a sanção ao fundo. “A deputada fofinha de São Paulo está dizendo mentirosamente que eu quero o fundão por causa do meu partido”, disse o presidente, antes de argumentar que o Aliança Pelo Brasil, partido que ainda está em fase de criação, não receberá recursos do fundo no ano que vem.

Sobre o futuro da reforma administrativa, Bolsonaro afirmou que o projeto não tem prazo para ser enviado. “Queremos reforma administrativa que não cause nada abrupto na sociedade”, explicou. “A equipe econômica vê números, eu tenho que ver números e pessoas”.

Questionado pelos jornalistas, Bolsonaro também garantiu que o governo vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Dias Toffoli que suspendeu o fim do seguro DPVAT.

Bolsonaro anunciou ainda, na conversa com os repórteres, que fará uma viagem aos Estados Unidos em fevereiro. Ele defendeu que o Brasil precisa se aproximar de países como Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul. “Temos que nos aproximar de quem é melhor do que nós”, afirmou.

Bolsonaro garantiu que isso não significa que ele deixará de lado a relação com países da América do Sul, citando os presidentes de Paraguai, Uruguai, Chile e Colômbia. Questionado sobre o futuro do Brasil com Argentina, agora comandada pelo peronista Alberto Fernández, Bolsonaro disse que está disposto a recebê-lo e que o foco são as relações comerciais. “Esperamos que decisão da Argentina de sobretaxar grãos não valha para nós”, ponderou.

O presidente não detalhou qual será a região visitada por ele nos Estados Unidos e a data exata dos compromissos. Um dos objetivos da viagem será conhecer novidades no setor de energia, disse. Empresários irão apresentar um sistema de transmissão “sem meios físicos”, que poderia, segundo o presidente, resolver o problema de geração de energia em Roraima.

Bolsonaro também confirmou que irá ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, no final deste mês.

Valor Econômico