Com Regina Duarte, artistas esperam fim da censura

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Carolina Antunes/PR

Regina Duarte só subirá no altar com Jair Bolsonaro depois de amarrar direitinho os termos do casamento, as liberdades que terá na relação e as condições financeiras para tornar-se independente no dia a dia da “casa”.

Apropriando-se da figura de linguagem do momento, é assim que alguns dos principais interlocutores do setor cultural dizem que a atriz, convidada para assumir a Secretaria de Cultura no governo, está se guiando nesses dias de “preliminares”.

“Regina é uma das nossas. Tem 50 anos de carreira e é uma democrata. Só vai aceitar a missão se tiver certeza que não haverá dirigismo cultural no órgão”, diz, por exemplo, o produtor teatral Eduardo Barata.

Se decidir abandonar a carreira na Globo para entrar no circo político do governo, Regina terá de cara um tremendo obstáculo. Sob Bolsonaro, a Petrobras e outras estatais que financiavam projetos culturais país afora simplesmente abandonaram o setor.

Para complicar, o governo passou a realizar uma patrulha de conteúdo para decidir que projetos apoiar financeiramente e que projetos ignorar. Por ter bagagem e conhecimento no setor, Regina terá mais dificuldades em seguir com essa mesma política de “dirigismo cultural”.

Veja