Coronavírus faz dólar explodir: R$ 4,24

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Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo

O dólar comercial sustenta a trajetória de valorização observada ao longo desta semana em meio às tensões causadas pela disseminação do coronavírus. Nesta quinta, a moeda americana é negociada com alta de 0,55%, valendo R$ 4,242. Mais cedo, chegou aos R$ 4,25. No mercado acionário, o Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) tem queda de 1,67%, operando aos 113.457 pontos. Este é o menor patamar de pontuação desde 17 de dezembro do ano passado.

No exterior, o comportamento do real está em linha com as divisas emergentes. Nesta manhã, o rublo russo e o peso chileno são as moedas que mais têm desvalorização frente ao dólar americano. Na sequência aparece a moeda do Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá nesta quinta para decidir se o coronavírus pode ou não ser considerado uma emergência global. Este cenário de incertezas é o responsável, de acordo com os analistas, por este comportamento dos mercados.

Os mercados europeus acompanham as tensões sobre o coronavírus e operam majoritariamente em queda neste pregão. O FTSE (Londres) cai 1,5%. CAC (Paris) e DAX (Frankfurt) operam com desvalorização de, respectivamente, 1,61% e 1,23%.

As Bolsas asiáticas fecharam em queda à espera da decisão da OMS. O índice Nikkei (Japão) terminou a sessão em queda de 1,72%. O índice de Taiwan, que retornou nesta quinta às operações após o feriado de Ano Novo Lunar, fechou com recuo de 5,75%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,62%.

No mercado internacional, o petróleo também é impactado pelo receio em torno de uma emergência de coronavírus. O barril do tipo Brent é comercializado com queda de 2,37%, a US$ 58,39.

A queda do Brent faz com que as ações da Petrobras operem em terreno negativo nesta sessão. Os papéis ordinários (ON, com direito e voto) e preferenciais (PN, sem direito a voto) recuam, respectivamente, 1,42% e 1,91%.

A mineradora Vale, que vende grande parte de sua produção para Pequim, cai 1,02% nesta quinta.

O sentimento de aversão ao risco também impacta o setor bancário, de maior peso no Ibovespa. Os papéis ON do Banco do Brasil registram variação negativa de 1,68%. Os papéis PN do Bradesco e do Itaú caem, respectivamente, 1,21% e 0,85%.

O Globo