EUA foram avisados de ataque do Irã antes de ocorrer

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Foto: John Davison/Reuters

Autoridades iraquianas disseram que soldados americanos na base de Al-Asad — um dos dois complexos atingidos por mísseis iranianos no dia 8 de janeiro — se apressaram a transferir pessoal e armamentos para bunkers fortificados quase oito horas antes do ataque.

Por volta da meia-noite, nenhum caça ou helicóptero permanecia a céu aberto, disse um agente de inteligência. Quando os mísseis finalmente caíram, perto da 1h30 (19h30, em Brasília), atingiram “bunkers vazios”, disse a fonte de inteligência. Ninguém foi ferido ou morto.

Outra fonte de inteligência do Iraque sustentou que os soldados americanos até pareciam saber o momento do ataque, dizendo que aparentavam estar “totalmente cientes” de que a base seria atacada “após a meia-noite”. Segundo veículos da imprensa americana, os Estados Unidos teriam sido alertados sobre o ataque pelo Iraque. O premiê iraquiano, Adil Abdul Mahdi, disse ter sido informado sobre a ofensiva pelos próprios iranianos.

Mesmo assim, como reportou a emissora americana CNN, alguns soldados acreditaram que morreriam. “Eu estava 100% certo de que morreria”, disse o sargento Akeem Ferguson. “Foi um milagre que ninguém tenha se ferido”, disse o coronel Staci Coleman, responsável pelo espaço aéreo da base militar de Al-Asad nesta segunda-feira, 13.

Segundo a CNN, soldados americanos se abrigaram em bunkers construídos durante a ditadura de Saddam Hussein, que governou o Iraque entre 1979 e 2003. Os abrigos americanos, embora mais recentes, foram pensados para resistir a a ataques de projéteis menos explosivos que mísseis, como foguetes e morteiros, muito usados pelos grupos terroristas da região, dentre eles o Estado Islâmico

Depois que os mísseis caíram, a imprensa americana citou que o ataque fora deliberadamente um pouco mais do que um tiro de alerta – e não uma carga mortífera. Portanto, não provocaria retaliação dos Estados Unidos. A ação do Irã foi uma resposta ao ataque americano de 3 de janeiro para matar o general iraniano Qasem Soleimani. sem grande risco de provocar retaliação dos Estados Unidos.

Soleimani era líder da força de elite da Guarda Revolucionária do Irã e responsável por treinar e cooperar com milícias xiitas pelo Oriente Médio, como o Hezbollah, no Líbano. Sua morte aumentou aumento as tensões militares entre os Estados Unidos e o Irã.

Até sexta-feira 10, autoridades graduadas dos Estados Unidos rejeitavam a narrativa de que o ataque do Irã fora apenas um tiro de alerta. Mas, de fato, não houve retaliação militar americana. O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse aos repórteres naquele dia que não havia “nenhuma dúvida” de que o Irã tinha “plena intenção” de matar militares dos Estados Unidos.

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