Vendas, serviços e indústrias encolheram em novembro

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Foto: Claudio Vieira/PMSJC

A alta de 0,6% no volume de vendas do varejo não reverteu as frustrações com a atividade no mês. Indústria (-1,2%) e serviços (-0,1%) encolheram e o comércio cresceu menos da metade do que os especialistas esperavam. A decepção não muda as projeções para o PIB de 2019, diz o Santander. Mas a economia terá que acelerar para fechar 2020 com crescimento acima de 2%, como se estima hoje.

Foi a sétima alta seguida das vendas do comércio, mas a sequência positiva não impediu a decepção. A liberação do FGTS e os relatos sobre a Black Friday embalaram as previsões otimistas. Mas as vendas no grupo móveis e eletrodomésticos cresceram apenas 0,5% no mês. O Santander, por exemplo, esperava avanço de 1,5% nessa categoria. O ano, ainda assim, foi melhor que 2018. Na comparação anual, as vendas avançaram 2,9%. O acumulado em 12 meses registra alta de 1,6%. É o ritmo lento que caracteriza está recuperação. O volume ainda está 3,7% abaixo do pico, de outubro de 2014.

No varejo ampliado, que leva em conta o comércio de carros e de material de construção, o mês fechou em queda de 0,5%. A venda de veículos e autopeças, que vinha crescendo há oito meses, encolheu 1%. A Fenabrave, a federação das concessionárias, já havia divulgado um recuo no mês, que teve três dias úteis a menos que outubro.

Apesar disso, para o Santander a tendência para o comércio continua positiva.

No PIB do quarto trimestre, o varejo terá uma contribuição positiva mais modesta, em torno de 0,4% de alta apenas. Isso não muda a expectativa de alta da economia de até 1,2% em 2019. Mas nos cálculos do Santander, o fim de ano mais fraco que o previsto tira um pouco do impulso para 2020. O quarto trimestre mais fraco, se confirmado, pode tirar até 0,3 ponto da previsão para este ano, que estava em torno de 2,3%. Para chegar lá, a atividade vai ter que ganhar velocidade. É o que se tem esperado da economia há três anos. Nesse período, as previsões de começo de ano sempre foram mais otimistas que o resultado final do PIB.

O Globo