Ações da polícia baiana indicam queima de arquivo

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Foto: Raphael Muller/Folhapress

De acordo com a Folha de S. Paulo, o cenário em Esplanada, que serviu de abrigo a Adriano Magalhães da Nóbrega, foi descoberto pela ação conjunta das polícias baiana e fluminense, mas expõe muitas dúvidas sobre quem deu suporte a Adriano e sobre a própria versão oficial da morte dele.

Os esconderijos e a rota de fuga indicam que Adriano teve ajuda, mas os donos dos imóveis, um pecuarista e um vereador do PSL, negam envolvimento com ele e conhecimento de que se tratava de um miliciano do Rio.

Segundo a versão oficial, Adriano tinha em sua mão uma pistola austríaca 9 mm e foi alvejado após reagir a tiros contra a polícia.

Nesta segunda (11), moradores informaram à Folha que a operação foi rápida, o barulho de tiros durou pouco tempo. A reportagem identificou somente uma marca de bala dentro da casa, em uma janela de madeira seguindo caminho de dentro para fora.

A proteção da cena onde Adriano morreu continua precária —situação extremamente prejudicial para investigações policiais. O portão principal do sítio estava fechado com uma corrente, porém tinha espaços abertos na cerca de arame farpado, e a porta da casa estava aberta, sem isolamento algum.

O advogado de Adriano afirmou que ele estava preocupado nos últimos dias e acreditava que poderia ser morto como “queima de arquivo”.

Redação com Folha