Bolsonaro cria problemas para si mantendo Weintraub

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Foto: Jorge William / Agência O Globo

O que mantém o economista Abraham Weintraub no Ministério da Educação? A indagação que costuma ser feita e povoa as inflamadas redes sociais tem, por enquanto, uma resposta que parece fugir dos hábitos e costumes da política na capital federal. O ministro segue firme no posto, apesar de a fórmula política atual lhe ser aparentemente desfavorável.

Na equação “ministro no cargo é igual à soma de apoios que o mantêm ali”, o resultado seria negativo. O ministro não é bem-visto em universidades federais, entre pesquisadores e professores. Ele ainda consegue reunir num mesmo clube parlamentares de colorações diversas, incluindo até mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já expôs publicamente suas opiniões sobre o atual ocupante da cadeira do MEC.

Dentro do governo, mais precisamente, no Ministério da Economia, há quem tenha sérias restrições à maneira com que Weintraub trata de assuntos que afetam as finanças da União, como é o caso das discussões sobre o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Mesmo com vento contra, o ministro segue agradando ao chefe do Executivo e a seus filhos, o que até aqui tem sido suficiente. Os Bolsonaros já declararam que se divertem quando o economista interpreta o papel que seus opositores comparam ao de um bufão do Executivo federal.

O ministro da Secretaria de Governo tratou de esclarecer na semana passada. Perguntado se haverá mudança no MEC, Luiz Eduardo Ramos respondeu:

– Enfiem na cabeça que o ministro da Educação não sai. O ministro da Educação sabe que tem o apoio do presidente.

O Globo