Contra o desemprego camelô vende ‘papel higiênico’ no carnaval

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Foto: Reprodução

Microfone e cartaz para anunciar a mercadoria e pedaços de papel higiênico em sacos plásticos. É assim que o camelô Junior de Mello, de 40 anos, pretende passar seu carnaval em 2020. No ano passado, ele viu uma foto, numa rede social, de um rapaz vendendo papel higiênico num bloco. A ideia de que poderia ser uma atividade que daria bom lucro ficou em sua cabeça. E, no domingo passado, ao ver imagens da multidão reunida no Centro do Rio, para o Bloco da Preta, Junior tomou sua decisão:

— Comecei a pesquisar na internet, achei o rolo industrial, com 500 metros e comprei oito, por R$ 133. Fiz cálculos. Vou vender cada metro a R$ 2. No rolo todo eu faço o total de 500 reais. Vendendo todos os oito dá para faturar R$ 4 mil.

Ele ainda não decidiu se fará suas vendas em blocos no Rio ou no carnaval de rua da Baixada Fluminense, onde mora. Mas tem uma certeza: terá uma boa clientela.

— Além de banheiros químicos, posso oferecer em filas de bares. O negócio é criar uma solução diante das dificuldades — disse Junior.

Ele já usou suas redes sociais para anunciar sua mercadoria — publicou uma foto em frente a um banheiro químico:

— Eu sou camelô desde sempre. Já vendi os mais diferentes produtos. É difícil conseguir trabalho no mercado formal. Então, vou me virando. Atualmente, pago minha faculdade com esse dinheiro (ele está no 5º período do curso de Direito).

O Globo