Rede convida Marta para disputar Prefeitura de SP

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Foto: Ruy Baron/Valor

A Rede Sustentabilidade convidou a ex-prefeita Marta Suplicy para se filiar ao partido e disputar a Prefeitura de São Paulo na eleição de outubro. A ex-prefeita, que governou a cidade entre 2001 e 2005 pelo PT, está sem legenda desde que deixou o MDB.

O convite foi feito em jantar na última quinta-feira (6), durante o qual participaram Marta, seu marido, Márcio Toledo, e o comando regional da legenda. Também estiveram presentes a coordenadora do diretório paulistano da Rede, Duda Alcântara, o coordenador estadual, Giovanni Mockus, e a deputada estadual Marina Helou.

Os representantes do partido chegaram a mencionar uma possível data de filiação: 18 de março, aniversário de 75 anos de Marta. Para poder disputar a eleição, ela precisa estar filiada a um partido até 4 de abril.

Marta ficou de dar uma resposta ao convite da Rede, mas não fixou prazo. Também não encerrou conversas que tem mantido com outras siglas.

Ela vem sendo cortejada por partidos como PDT e Pros, e vem dizendo que gostaria de formar uma frente democrática contra a direita representada pelo bolsonarismo.

Houve até contatos com petistas, mas um retorno a seu ex-partido enfrenta resistências pela defesa que ela fez do impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo relatos, Marta ainda não está totalmente convencida da ideia de ser candidata novamente. A ex-prefeita tentou voltar ao cargo sem sucesso em 2008 e em 2016.

“Ela vê a Rede como um partido limpo e sem corrupção, conectado com a juventude e disse estar disposta a ajudar na construção da Rede para 2020 e 2022, o que, para nós, é fundamental”, afirmou Alcântara.

A ex-prefeita também já teve conversas com representantes nacionais da Rede, como o senador Randolfe Rodrigues (AP).

De imediato, a ex-prefeita teria se comprometido a participar do movimento Vote Nelas, criado por representantes da Rede para eleger mais mulheres na política. Haverá um ato nesta quinta-feira (13).

Uma dificuldade da Rede para lançar Marta está no fato de não ter conseguido eleger o mínimo de cinco parlamentares em 2018 para garantir a presença em debates.

Seria necessária, assim, uma coligação. Para sanar esse problema, a Rede ofereceu a vaga de vice ao PV. Uma aliança, contudo, enfrentaria problemas, segundo o presidente municipal da legenda, Roberto Tripoli. “Não descarto, mas vejo com dificuldades, pelo histórico de relacionamento de algumas lideranças do partido com a Marta”, afirmou Tripoli.

Tripoli e o atual vereador Gilberto Natalini fizeram oposição a Marta quando ela era prefeita. Além disso, o partido cogita lançar candidato próprio a prefeito.

Nomes mencionados, segundo Tripoli, são o ex-deputado Eduardo Jorge e o ex-secretário de Educação Alexandre Schneider, que deixou o PSD.

Marta foi procurada, mas não respondeu aos contatos da reportagem.

Valor