Weintraub é o mais impopular dentro do governo

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem a pior avaliação popular entre treze ministros, testados, de acordo com levantamento feito pela consultoria Atlas Político, com duas mil respostas a uma consulta eletrônica, feita com convites randomizados e ponderação da amostra por algoritmo. A sondagem, realizada de 12 a 14 de fevereiro, mostrou Weintraub com 51% de imagem negativa, ante apenas 22% de positiva.

Ele é seguido no índice de rejeição pela colega da pasta de Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, que obteve 50% de respostas negativas. Mas, ao contrário de Weintraub, Damares tem um núcleo consistente de apoiadores, que marcaram 35% de respostas positivas.

A rejeição também é alta para o ministro da Economia, Paulo Guedes, com 47% de rejeição. O ministro teve nas duas últimas semanas presença negativa na mídia, graças a declarações suas contra servidores públicos-apelidados de “parasitas”-e o suposto hábito de empregadas domésticas viajarem para Disney, comportamento ao qual definiu como “uma festa danada”. O contingente de pesquisados que apóia Guedes, no entanto, também é alto: 39%. O levantamento, realizado semanalmente, registrou uma oscilação brusca na popularidade do ministro. A reprovação de Guedes subiu cinco pontos percentuais e a aprovação caiu quatro pontos percentuais.

Récem deslocado da pasta da Casa Civil para a de Cidadania, Onyx Lorenzoni atravessa uma fase de desprestígio político e de imagem. Um total de 48% dos pesquisados têm uma imagem negativa do ministro, ante 23% que o apoiam.

O ministro de Bolsonaro com a melhor imagem entre os Estados novamente foi o titular da Justiça, Sergio Moro, que recebeu 55% de avaliação positiva e 35% de negativa. Moro foi o único ministro em que o percentual de aprovação ultrapassa 50%. Ele é ainda mais popular do que o presidente Jair Bolsonaro, que recebeu 44% de menções positivas e 53% de negativas.

No universo de pesquisados o desconhecimento é grande em relação aos ministros da Sáude, Luiz Henrique Mandetta, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em ambos os casos, 47% dos pesquisados não foram capazes de emitir nenhuma opinião a respeito do trabalho deles. Nível ainda maior de indiferença é observado em relação ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, cuja conduta nas eleições de 2018 é investigada em um inquérito sobre candidaturas femininas “laranjas”. Um total de 51% dos pesquisados o ignora. O levantamento também avaliou Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Augusto Heleno (Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Valor Econômico