Bolsonaro tirou R$ 6 bi do social e pôs em armamentos

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Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

No primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, o Ministério da Defesa foi privilegiado com o maior reforço de Orçamento. A pasta encerrou 2019 gastando R$ 6,3 bilhões a mais do que havia sido previsto inicialmente.

Três outras pastas superam a Defesa em ampliação, mas são casos extraordinários.

Economia e Cidadania reuniram sob seu orçamento diversas pastas, e pelos cofres de Minas e Energia passaram os recursos oriundos do leilão de cessão onerosa do petróleo – o que não significa gasto.

A melhor situação financeira foi acompanhada de outras vitórias dos militares, como o protagonismo dentro do governo e a aprovação de uma reforma previdenciária e de carreira próprias. O atual governo tem 8 de 22 ministros oriundos das Forças Armadas.

O orçamento de Defesa em 2019 registrou R$ 109,9 bilhões em gastos, segundo o Siga Brasil, sistema de acompanhamento de receitas e despesas federais do Senado. Isso coloca a pasta como a quarta maior em termos de verbas.

O valor é 10,9% maior do que no ano anterior e provavelmente é um dos maiores da história em termos nominais – a base do Siga Brasil só tem dados comparáveis até 2001. Neste século, contudo, o gasto militar tem sido quase constante em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB).

O maior salto ocorreu em investimentos, de R$ 9,5 bilhões para R$ 15,9 bilhões, ou 14,5% do orçamento total.

Não é muito perto do registrado por nações avançadas no campo militar, como Estados Unidos (29%), mas é mais que os 11,8% registrados em 2018, já em valores corrigidos pelo IPCA.

É o maior valor destinado a investimentos do orçamento total da União, 28%.

Valor Econômico