Governador do DF proibiu manifestação

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

As regras impostas pelo governo do Distrito Federal para conter o avanço do coronavírus em Brasília carregam um forte componente político: barram a manifestação do próximo dia 15, favorável ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Na noite de quarta-feira, o governador Ibaneis Rocha (MDB) publicou em edição extra do Diário Oficial um decreto com uma série de medidas, como o fechamento de escolas e a proibição de aglomerações com mais de 100 pessoas em locais que exijam licença do poder público. A determinação vale por cinco dias – e a qualquer momento pode ser prorrogada ou revogada.

Na manhã desta quinta, no entanto, Ibaneis reuniu seus principais articuladores para avaliar mudanças ao texto. Pela regra atual, o protesto fica proibido.

“Pela forma que está, todas as manifestações que reúnam mais de cem pessoas não terão alvará para funcionamento. Agora está em discussão algum detalhamento. Por exemplo: qual a distância mínima exigida e se o ambiente proibido para aglomerações é aberto ou fechado. A manifestação precisa de alvará, de policiamento, de toda a estrutura. É isso que está sendo ajustado”, afirmou a VEJA Eduardo Hage, infectologista da Secretaria de Saúde do DF e porta-voz sobre coronavirus. Ele participa da reunião.

“O que está sendo verificado é se tem alguma especificidade a mais que vai ser agregada. Se não houver mudança dos termos, nenhuma manifestação, independentemente do caráter, está permitida”, acrescentou Hage.

Mais cedo, o governador Ibaneis Rocha disse em entrevista à CBN que não haverá policiamento nem qualquer apoio da Secretaria de Segurança Pública durante a manifestação de domingo. Ele pondera, por outro lado, que não há como proibir que as pessoas compareçam à Esplanada para o ato.

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